segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Bahia em 01 a 07 de Dezembro de 2014 (ABROLHOS em 03 a 05!!)

OBJETIVOS DA EXPEDIÇÃO:

(1) Coletar material fresco de Monanchora arbuscula com a finalidade de testar técnicas de extração de DNA e RNA para fins de seleção dos marcadores moleculares mais adequados ao estudo de suas populações; bem como para condução de estudos de metabolômica.

(2) Coletar material fresco de espécies da Classe Homoscleromorpha para estudo taxonômico e de metabolômica

(3) Coletar material fresco de Agelas spp. para estudos de metagenômica

(4) Coletar material fresco de espécies da Classe Calcarea para estudos taxonômicos, de genética de populações, e de metabolômica; e

(5) Buscar novas espécies e novos registros de espécies de poríferos para a área

Participaram da expedição: Eduardo Hajdu, Thierry Perez (pesquisador Universidade de Marselha, França), Olivier Tomaz (pesquisador Universidade de Nice, França), Dra. Fernanda Azevedo e Dr. João Carraro (Museu Nacional/UFRJ), M.Sc. André Pádua (IBUFRJ), M.Sc. Camille Leal (Museu Nacional/UFRJ), André Bispo (UFAL), além de dois motoristas do Museu Nacional, os Srs. Carlos Lustosa e Carlos Novaes. Localidade, Parcel das Paredes e PARNAMAR ABROLHOS (Caravelas, BA).

Autoria das fotos: Eduardo Hajdu, André Bispo, André Pádua, Camille Leal, Fernanda Azevedo, e João Carraro.

Vista do Arquipélago dos Abrolhos nos momentos finais da aproximação com o Catamarã Sanuk que havíamos alugado para a expedição. Da esquerda para a direita, ilhas Guarita, Santa Bárbara, Redonda, Siriba e Sueste. A primeira e a última são áreas vedadas ao turismo. Tivemos oportunidade de mergulhar na Guarita e na Santa Bárbara apenas. Os demais mergulhos foram realizados em áreas de parcéis/chapeirões. Ao todo foram sete mergulhos, e a maior profundidade que alcancei com minha dupla, Camille, foi de 16 m.

Não há quem consiga ficar imutável na hora da aproximação das ilhas. Pelo menos não dentre nossa equipe de praticamente novatos na pesquisa nesta área. Minha última passagem por Abrolhos fora em 1987, com Cláudia Russo (UFRJ), George Olavo (UEFS), e não me recordo quem mais. Na época tivemos autorização para acampar na Ilha Redonda, e constatar pela manhã o tamanho do buraco aberto na barraca durante a noite pelas ratazanas, atraídas pelo cheiro do pão que havíamos levado conosco. Desta vez - 2014, nada de autorização para acampar. Aliás, qualquer desembarque somente com autorização específica. Nossa proposta era ficar mesmo no barco que dispunha de razoável conforto para o trabalho, alimentação e pernoites.

Thierry Perez e Olivier Thomas (de boné) também apreciando a aproximação ao arquipélago. Foram cinco horas de navegação no catamarã. Sob a caixa branca na qual se apoiam os pesquisadores estava o compressor de alta pressão utilizado para a recarga dos cilindros de mergulhos.

Vista parcial da plataforma de mergulho na popa do Catamarã Sanuk com alguns cilindros em processo de carga. O barco já se encontrava preso às poitas em frente à Ilha Santa Bárbara. Foto tomada no intervalo entre o 1º e o 2º mergulhos.

Ainda em frente à Ilha Santa Bárbara, cumprindo intervalo de superfície entre um mergulho e outro, da esquerda para a direita: André Pádua, Fernanda Azevedo, André Bispo, João Carraro e Camille Leal. Os isopores nos quais se encosta André Pádua estavam repletos de gelo para conservação de material destinado a estudos metabolômicos e metagenômicos. O plano original era congelar as amostras mas não houve forma de conseguir um freezer no SANUK.

A entrada na água para o 1º mergulho não poderia ser mais impactante. Percebe-se imediatamente que estamos em um ambiente vedado à atividade pesqueira.

Um dos principais objetivos da expedição era a coleta desta espécie de esponja, por sinal muito comum em Abrolhos - Monanchora arbuscula. A espécie é conhecida por possuir ampla gama de compostos bioativos, dentre os quais as crambinas, crambescidinas e ptilomicalinas, com atividades antitumorais, antifúngicas, antibacterianas e antivirais. Esta foto foi tomada na Ilha Guarita, em 10 m de prof., e o espécime foi coletado e tombado sob o número MNRJ 19107. 

A esponja Calcarea Clathrina sp. servirá para um estudo de conectividade genética entre populações caribenhas e brasileiras de esponjas - sabe-se que se trata de uma espécie nova, também já coletada na região do Caribe. Este espécime foi obtido nos chapeirões do Parcel dos Abrolhos, em 11,6 m de prof., e está tombado sob o número MNRJ 18844.

A principal motivação para a vinda dos pesquisadores franceses era a busca por "habitantes das cavernas"! Apesar de não termos nos deparado com nenhuma caverna no sentido mais romântico da palavra, a grande quantidade de fendas, locas e túneis encontradas em especial no Parcel das Paredes, onde foi tomada esta foto, permitiu observar algumas espécies típicas deste tipo de ambiente. Aí, a luz adentra em quantidades irrisórias, se tanto, e as algas deixam de ser um dos principais componentes das comunidades biológicas. Esta esponja provavelmente pertence à família Plakinidae (Classe Homoscleromorpha). Logo teremos uma identificação preliminar. Sua consistência sugeria talvez não possuir esqueleto mineral.

Aplysina pseudolacunosa Pinheiro et al., 2007 - que me lembre,´é a primeira vez que vi essa espécie "ao vivo, e em cores". Uma das oito espécies novas descritas neste trabalho. Espécime fotografado nos chapeirões do Parcel dos Abrolhos, em 9,5 m de prof., e tombado sob o número MNRJ 18838. O objetivo desta coleta foi conseguir material fresco para estudo molecular em curso, visando confirmar o status das espécies propostas por Pinheiro et al. (2007). Ocorre que os marcadores moleculares empregados até aqui não conseguiram ainda separar praticamente nenhuma espécie neste gênero. A saga continua!

Pinheiro, U.S., Hajdu, E., Custódio, M.R. 2007. Aplysina Nardo (Porifera, Verongida, Aplysinidae) from the Brazilian coast with description of eight new species. Zootaxa, 1609, 1-51. [o pdf pode ser obtido através de mensagem encaminhada para eduardo.hajdu@gmail.com]

Certamente uma das esponjas mais singulares encontradas. Outra espécie de Chelonaplysilla? Sem dúvida uma Dendroceratida, mas de que gênero? Em www.spongeguide.org não parece haver nada parecido. Neste caso a coleta se deu justamente para permitir acrescentar um potencial novo registro de espécie para o Brasil. Espécime também coletado nos chapeirões do Parcel dos Abrolhos, em 12,2 m de prof., e tombado sob o número MNRJ 18842.

Em época de Natal não dá para deixar passar essa bela "decoração natalina" propiciada pelos poliquetos da família Serpulidae. Neste caso, rodeado por espécimes de Monanchora arbuscula.

Camille ao lado de seu modelo de estudo, a esponja Monanchora arbuscula, que já deu para perceber que está em todo canto. Né? Reparem também nos distintos tons de vermelho, do rosa claro ao vermelho vivo, que essa espécie pode apresentar.

Taí um "habitante das cavernas"! Só que não era quem procurávamos. Vocês já pensaram como seria passar praticamente toda sua vida de cabeça para baixo? Este peixe recifal, o Gramma brasiliensis, gosta mesmo é de curtir o teto destas cavidades nos recifes. Será que é porque aí também há mais esponjas?

Parada para descompressão a 5 m de prof. Fernanda e André Pádua haviam chegado primeiro. Não havia praticamente nada de correnteza, de modo que estava tudo muito tranquilo.

Fim de mergulho no fim da tarde - os dois (três?) "Vs" de Camille e os reflexos do sol valeram um clique. Afinal, cada minuto em Abrolhos vale um registro, ainda mais após um mergulho coalhado de esponjas!

Etanol 96% para os vouchers (espécimes-testemunho) e material para taxonomia, etanol absoluto P.A. para o material destinado à metabolômica. Estes últimos foram acondicionados em Tubos Falcon mantidos em gelo, os demais em sacos WhirlPack, mantendo-se cada mergulho separado em um saco maior. As coordenadas foram obtidas a partir do GPS da embarcação. Desta vez não precisamos obter coordenadas das câmeras fotográficas. Da esquerda para a direita: Maurício (Comandante do SANUK), João, Thierry e Camille, com sua bacia de Monanchora.

Essa era outra hora boa! Nada como não ter de parar para fazer a comida. Santa Daiane fazia isso por nós. Ela era a cozinheira a bordo (ver foto mais abaixo). Nesse dia, bifes, batatas sautée e arroz. Refrigerantes, suco e bonbons completavam o banquete. O vinhozinho era cortesia do Eduardo, em homenagem aos franceses a bordo. Não os queríamos com crise de abstinência! Nunca embarquei em barcos/navios franceses, mas já ouvi falar que são muito "bem abastecidos"! 

Da esquerda para a direita, André Pádua, Camille, André Bispo, João e Fernanda. Niguém se cansou da água!

Isso é um belo resumo do apelo visual do Arquipélago dos Abrolhos. O sol afunda no canal entre as ilhas Redonda e Siriba. Para fechar com chave de ouro um dia de espetaculares mergulhos, só mesmo um por do sol como este ...

... ou este, agora em close.

E depois do por do sol, quem é que assume o show? Apesar do balanço do barco, até que não está mal de todo a foto. Não é? Participação especial: Fregata magnificens (tesourão, fragata, fragata-comum, pirata-do-mar, ladrão-do-mar) . 

Hora da despedida. Aquelas fotos que teríamos gostado de fazer com os pés em terra firme acabaram tendo de ser feitas da embarcação mesmo, pois no dia que conseguimos a licença para desembarque, faltou-nos tempo para poder usufrui-la. Neste canto da Ilha Santa Bárbara, o que parece ser um ninhal de atobás-brancos (Sula dactylatra).

Acreditem: nós vimos baleias na volta! Era para elas estarem se empanturrando de krill na Antártida mas resolveram fazer-nos uma deferência. Mamãe gordona e filhote gordinho pareciam tranquilos, e até onde se conseguia ver, bem nutridos. Afinal, como reconhecer uma baleia subnutrida?



Os oito pesquisadores presentes nesta expedição: em cima, da esquerda para a direita, Fernanda Azevedo, André Bispo, Camille Leal e Eduardo Hajdu; embaixo, Thierry Perez, André Pádua, Olivier Thomas e João Carraro. Todos na proa do Sanuk. 

A equipe de pesquisadores e os tripulantes após a chegada em terra (Caravelas). Daiane, nossa cozinheira, pediu para sair junto dos homens bonitos ... 

Valeu! Mais uma expedição que nos deu certeza de que vamos nos divertir muito fazendo nosso dever de casa. Há um bom número de novos registros a confirmar e oficializar na forma de publicações, além de espécimes destinados a diversos estudos em andamento. Dentre estes, abordagens com foco em variabilidade metabolômica, conectividade genética entre populações de diversas localidades no Atlântico Tropical Ocidental, metagenômica, revisões taxonômicas, biogeografia, etc ...







domingo, 30 de novembro de 2014

Armação dos Búzios em 27-28 de Outubro de 2014

OBJETIVO:

(1) Coletar material fresco de Arenosclera brasiliensis com a finalidade de testar técnicas de extração de DNA e RNA para fins de seleção dos marcadores moleculares mais adequados ao estudo de suas populações.

Participaram da expedição: Eduardo Hajdu, Cássio Albernoz Fonseca (doutorando) e Dora Moura (IC). Localidade, Praia de João Fernandinho, Armação dos Búzios.


Cássio Albernoz Fonseca, cujo projeto de doutoramento procura determinar parâmetros de variabilidade na espécie de esponja marinha Arenosclera brasiliensis. Um de seus objetivos foca na verificação da distribuição desta espécie, que julgava-se endêmica da região do Cabo Frio (municípios de Arraial do Cabo, Cabo Frio e Búzios, no estado do Rio de Janeiro)

Dora Moura, aluna da UNI-RIO e estagiária IC do TAXPO tem um projeto vinculado ao de Cássio, onde ela procura determinar quais, dentre as muitas identificações preliminares de esponjas como Arenosclera sp. na coleção de poríferos do Museu Nacional, podem ser efetivamente atribuídas a esse gênero. E mais especificamente à espécie A. brasiliensis, cerne do estudo de Cássio.

Com Cássio à beira de um resfriado e Dora ainda inexperiente em assuntos de mergulho, coube a Eduardo coletar as amostras. Pela indumentária percebe-se que a água não estava nada quentinha.

A "clássica" sequência de imagens para uma amostra coletada. Neste caso, não tão clássica assim, pois inicia-se com uma foto do habitat, seguida de tomadas do espécime alvo, sem e com escala de tamanho (no caso = 5 cm), e conclui-se com a tomada da etiqueta sequencial, ao invés do computador de mergulho. Na foto do habitat, a esponja alvo é visível bem no centro da imagem, ao lado de uma gorgônia "orelha de elefante".

Já falamos destas esponjas mais de uma vez. Seja porque são marcas registradas em alguns mergulhos, espécie de "cartão-postal", seja porque sua taxonomia é para mentes dispostas a encarar desafios complexos. Para quem ainda não se lembrou, trata-se de uma Aplysina. Como, à exceção de uma, todas as demais projeções deste espécime eram cilíndricas, irregulares, com pequenos ósculos dispersos, não há muita dúvida quanto a tratar-se de uma A. fulva, sabidamente muito comum em toda a Região do Cabo Frio, além de boa parte do litoral brasileiro. Porém. a projeção lamelar, em forma de vela de jangada, escapa dos limites imaginários da variabilidade morfológica da espécie, com a consequência de que se vista isoladamente, provavelmente seria identificada como pertencente a outra espécie.

Dentre os animais coletivamente conhecidos como "NÃO-ESPONJAS", destacam-se alguns tunicados (ascídias) por sua rara beleza. Cada indivíduo aqui (cada dois sifões) é pouco maior que um grão de arroz.

Outra "NÃO-ESPONJA" bonitinha.

O "vigia" do costão. Nunca havia conseguido chegar tão perto de um peixe desses, que conheço como peixe-lagarto.

Bonito ele é, mas a corrente dos que não o consideram bem vindo no litoral brasileiro é forte. O coral-sol está cada vez mais presente em nossos mergulhos.

Uma medusa! Com a água-clara assim dá até vontade de ficar procurando "modelos" para umas tomadas em distintos níveis de contraluz. O mais comum é passar o mergulho inteiro "lambendo" a rocha sem se dar conta do que ocorre no "andar de cima" (coluna d'água).

Esta imagem não é para comparar com Fernando de Noronha, Abrolhos, ou Caribe! Essa água, aqui no Estado do Rio, e na beira da praia, não é todo dia! E esse cardume? Chegava a fazer sombra no fundo quando passava.

Para quem estiver preocupado com a saúde da população de Arenosclerda brasiliensis na praia de João Fernandinho, repare nesta "plantação" de esponjas. Decididamente, esse bicho gosta deste lugar!

Até pequenas caverninhas podem ser encontradas neste mergulho de praia - a meu ver, um dos melhores do Brasil. Há alguns anos atrás listei 33 espécies de poríferos vistos no mergulho, e de memória. Não estava listando durante o mergulho. 

Para fechar a postagem, nada como uma vista panorâmica das praias de João Fernandes (em 1º plano) e João Fernandinho (ao fundo), em um dia esplendoroso - 28/10/2014. Uma expedição e coleta que não sairão da memória. Sorte da "marinheira de 1a viagem, Dora Moura"!

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Alagoas em 07-12 de Outubro de 2014

OBJETIVOS:

(1) Assistir à apresentação do Exame de Qualificação de André Felipe Bispo da Silva pelo Programa de Pós-graduação em Diversidade Biológica e Conservação nos Trópicos, bem como

(2) revisitar algumas localidades de coleta em Maceió ou próximas de lá, com o intuito de buscar novas espécies, ou novas informações acerca de espécies pouco conhecidas.

O Pós-doutorando João Luís de Fraga Carraro participou da banca de avaliação, junto aos Professores Ulisses dos Santos Pinheiro da UFPE e Tami Mott da UFAL. Com relação às coletas, havia uma encomenda a atender, Cinachyrella alloclada (foto abaixo), para o Dr. Paco Cardenas (Universidade de Uppsala, Suécia), que estuda a filogenia da Ordem Spirophorida.

Cinachyrella alloclada ou C. apion coletadas para o Dr. Paco Cardenas para fins de estudo evolutivo. Trata-se de espécie dentre as mais abundantes em todo o Atlântico Tropical Ocidental, aqui ilustrada em seu habitat característico - águas rasas, bem iluminadas, e com bastante sedimento arenoso. Foto tomada sob as ruínas do Alagoinhas (Maceió).

A esponja cor de laranja no topo desta pequena rocha é aparentemente um novo registro do gênero Terpios para a costa brasileira, de onde até o presente só estavam registradas as espécies azuis, T. fugax e T. manglaris. Foto tomada sob as ruínas do Alagoinhas (Maceió).

E então José? Ficamos com Haliclona caerulea nesse caso? Ou seria o que chamávamos de H. manglaris? Fotografada nas reentrâncias observadas na parede interna do cordão arenítico exposto na baixamar da Praia da Sereia (Maceió), este indivíduo estava 100% fora d'água, porém, igualmente 100% protegido de insolação direta.

Apesar da chuva, João Carraro distraiu-se como "pinto no lixo" registrando e coletando algumas crostinhas neste habitat de iluminação suave. Foto tomada sob o cordão arenítico da Praia da Sereia (Maceió)

Vista parcial de uma armadilha tradicional de pesca na Praia da Ponta do Meirim. Nestas mesmas estruturas, encontramos em 2010 rica e abundante fauna de esponjas. Agora, em 2014, com toda a chuva que havia caido nos dia anteriores, a visibilidade estava seriamente comprometida. Some-se aí o fato de que chegamos tarde para a maré baixa e conclui-se o inevitável: a coleta deixou a desejar ...

Afinal de contas, pesquisador também precisa se alimentar!! Eduardo Hajdu e João Carraro, entre as amigas, professoras da UFAL, Mônica Dorigo Correia, em primeiro plano, e Hilda Sovierzoski.

A primeira impressão aqui foi que se trataria de Mycale alagoana, com uma típica camadinha de areia a recobrindo. Ledo engano! No laboratório de bentos do LABMAR, pudemos conferir ao observar suas espículas dissociadas que era na verdade um espécime de Amorphinopsis atlantica. Foto tomada em poça de maré sobre o cordão arenítico da Praia do Saco da Pedra (Marechal Deodoro)

Um belo exemplar de Haliclona caerulea, da mesma poça de maré que a foto acima.

Será que ainda dá para chamar de Haliclona caerulea? É uma luta compreender a variabilidade morfológica de cada espécie!! A tonalidade, muito mais escura aqui, parece bem distinta do que normalmente atribuimos à espécie. Foto tomada na mesma poça de maré que as duas anteriores.