sábado, 10 de setembro de 2011

1a Expedição do PNPD - Porifera (1° mergulho - Praia do Francês, Marechal Deodoro))

2011 Set 10 - 06:00h, alvorada. 06:30h, caminhada na praia. 07:00h. café. 08:00h, deslocamento até a praia com preparativos completos para a coleta. 08:30-10:45h, maré 0.2; Álvaro Altenkirch, André, Eduardo, Mariana, Sula e Victor, coletando esponjas. Foco em crostas nas faces dos matacões (blocos ou lajes de coral) abrigadas da iluminação direta. Hilda e Mônica em busca de poliquetos. De um modo geral, já está difícil conseguir espécies que ainda não tenhamos coletado no passado. Porém, é ótimo ter a oportunidade de refazer imagens de muitas espécies para as quais não tínhamos ilustrações digitais de alto nível, ou que ilustrassem as variantes morfológicas que observamos. Das 30 amostras obtidas, apenas duas são para estudos químico-farmacológicos, por terem sido encontradas em quantidade suficiente, e por se tratar de espécies ainda não coletadas na Bahia, estado que concentrou até agora o esforço de coleta para este tipo de abordagem acadêmica. Tais materiais serão despachados para o Instituto de Química de São Carlos (SP), onde serão estudados pela equipe do Prof. Dr. Roberto G.S. Berlinck.

Início da coleta. Da esq para a dir, Sula, Álvaro, Victor e Mariana.


Primeiras imagens subaquáticas obtidas por Mariana Carvalho. Muito bem!  Esponja branca:  Chondrilla ou Chondrosia. Esponja amarela: possivelmente Mycale citrina. Esponja abóbora: possivelmente Tedania ignis.
Uma crosta interessante coletada por Sula Salani, também dentre suas primeiras "fotossub". Que bicho é esse?? 


Tethya coletada por Eduardo. Esta espécie, de coloração externa negra, e amarela em seu interior, ainda não encontramos em outros estados brasileiros. Notar o núcleo denso de espículas, de onde partem feixes radiais rumo à superfície da esponja. Em uma espécie deste gênero, ao menos, já se observou que estes feixes conduzem luz ao interior da esponja, permitindo que se desenvolvam algas verdes associadas, nas porções mais internas da esponja. As bolinhas na superfície do espécime são brotos, estruturas para reprodução assexuada, que se desprendem da esponja mãe, e normalmente se fixam e desenvolvem não muito longe desta.

Vale lembrar que estamos em um Sábado! Assim, enquanto nós nos "divertíamos" coletando material biológico para  nossos projetos, a Profa. Hilda se divertia cuidando dos mascotes, que ensaiam uma nova invasão do meio aquático pelos mamíferos, assim como fizeram no passado as linhagens evolutivas que conduziram às focas, golfinhos, baleias e outros. Com bolinha: Merlin. Sem bolinha: Arthur. 

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